Obrigada a todos pelas mensagens...
- Antes de mais obrigada a todos pelas mensagens. A Beatriz já está bem e em casa a recuperar!
E eu, recomposta do susto, não sei se este episódio foi mais difícil para ela ou para mim.
Ontem após chegar da escola elas brincavam enquanto terminava o almoço. A Beatriz já estava com um ar cansado que associei a um dos vários sintomas que tem quando apresenta febre dos fenos. Já ontem tinha espirrado muito e fungava um pouco do nariz.
Não quis comer muito e disse que lhe doía a barriga e que estava cansada. Sugeri que fosse para a cama descansar.
Começou pouco depois mais insistente na dor de barriga. 13h, dei um paracetamol na esperança de aliviar a dor e que após a sesta se sentisse melhor.
Mas, pelo contrário as dores pareciam estar a aumentar à medida que a barriga dela inchava e endurecia.
O pai, em Budapeste, liga no momento em que decido que está fora do meu alcance ajudar e tenho de procurar uma forma de conseguir ajuda médica.
"Eu apanho um avião e assim que chegar vais ao hospital..."
São 15h e envio mensagem de prevenção a uma amiga que trabalha próxima de nossa casa para saber se quando sair do trabalho pode ficar com a Constança e Pilar para ir até ao hospital.
A respiração demasiado acelerada, o pedido de ajuda dela, o choro e os berros de desespero e a barriga demasiado quente e ainda mais dura e inchada decidem por mim. Ela precisa de ajuda agora.
Envio mensagem ao pai a pedir para alertar outros amigos próximos e perceber qual a sua disponibilidade e sem mais demoras e decido ligar para a emergência médica e após um extenso questionário pedem para que aguarde a chegada da ambulância no prazo máximo de 2 horas.
Aviso o pai que entretanto me assegura que os nossos amigos podem chegar por volta das 17h. Talvez não seja preciso decidir entre deixar a Beatriz ir sozinha para o hospital ou ir com todas para o hospital ou, ou, ou... A minha cabeça está a mil mas o meu coração mingava a cada berro desesperado dela.
Apesar de ficar um pouco mais tranquila ao meu colo tinha de reunir os medicamentos dela e preparar um saco com alguns elementos necessários no caso de irmos para o hospital. E preparar o jantar... As que ficam têm de comer...
16h20 Chega a ambulância e o pai entretanto garante que já tem voo e que estará em Londres por volta das 21h30.
As enfermeiras da ambulância avaliam, e face às dores de barriga crescentes sugerem dar ibuprofeno. Pacientemente dizem-me então para preparar umas coisas essenciais para sairmos assim que chegue a ajuda!
16h55 chega a minha cavalaria! Uma vez mais uma preciosa ajuda que chega novamente quase um ano após a Constança dar entrada no hospital com um quadro muito parecido e com um desfecho em tudo igual. (ler esse texto aqui)
A canja por fazer e o lanche por dar... As fraldas estão na segunda gaveta e outro recado destrambelhado e seguimos na ambulância.
Parecia ela que andava todos os dias naquilo! Só me pediu, enquanto a deitava e olhava para mim com os seus pequenos olhos mas tão esbugalhados -"A mamã vai e dá a mão, não quero ir sozinha".
E lá demos entrada no hospital.
Persistiam as dores e a respiração difícil mas finalmente lá demos entrada para iniciar os tratamentos milagrosos. A cada sessão de nebulização melhorava e cerca de 2 horas depois já parecia outra.
Antes de ser admitida para internamento faz um rx à zona da barriga que não acusou nada.
Normalizar a respiração é neste momento o objectivo. As dores desaparecem e a barriga voltou (quase) ao normal.
Uma noite de tratamento e observação no hospital e a alta chega quase à hora de almoço a tempo do pai ir buscar a Constança à escola e ir apanhar-nos.
Diagnóstico: infecção viral respiratória.
Saiu cheia de energia do hospital que mais parecia ter sido dopada... Pediu para ir até ao parque e como estava um tempo ameno acedemos ao pedido após o almoço que comeu com muito apetite.
Agora é dar tempo ao tempo e recuperar! (e esperar que nenhuma das outras se lembre de apanhar isto agora!)
E eu vou só ali tomar um duche, e aninhar no Pipo com um copo de vinho na mão!
Durmam bem!
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